O projeto SMART-HEALTH-4-ALL visou a dinamização, em Portugal, de um ecossistema dedicado à investigação e desenvolvimento (incluindo investigação clínica e de translação), produção, comercialização e disseminação de tecnologias médicas de Smart Health com base em tecnologias de informação, comunicação e eletrónica (TICE), e em tecnologias futuras e emergentes (FET), cruzando assim áreas de conhecimento distintas.
Neste contexto, as soluções de Smart-health apresentam, pois, um enorme potencial de mercado, impulsionadas também pelos desenvolvimentos contínuos verificados, por exemplo, nas TICE, nas FET e na conetividade de dados em banda larga, assim como, a nível europeu, pelo Mercado Único Digital.
O projeto SMART-HEALTH-4-ALL cruzou áreas de conhecimento distintas, como as ciências médicas e da saúde e as engenharias, assim como cruzou sectores high-tech (e.g., TICE, nanotecnologias) com outros ditos tradicionais (têxtil, calçado, plásticos e mobiliário), quer produtivos, quer dos serviços. O projeto estendeu-se desde a produção de conhecimento à disseminação generalizada das soluções desenvolvidas, aplicáveis quer no contexto de prestação formal de cuidados de saúde, quer no dia-a-dia de um vasto universo de utilizadores/pacientes, com especial enfoque em áreas social e economicamente impactantes no contexto do mercado global da Saúde.
Do ponto de vista médico/clínico, o enfoque incidiu na prevenção, diagnóstico, monitorização e tratamento/reabilitação de doenças e outras condições médicas, sobretudo de natureza crónica e/ou ligadas ao envelhecimento incluindo doenças neurológicas, cérebro-cardiovasculares, cardiorrespiratórias, osteoarticulares e diabetes.
No PPS5, a Neutroplast, juntamente com os parceiros, desenvolveu um dispositivo médico no âmbito da adesão e aderência à medicação. O aptaMED é uma base de monitorização, preparada para ser facilmente utilizada com uma vasta gama de frascos de medicamento pré-existentes, conferindo-lhe novas funcionalidades, de modo a auxiliar o utilizador durante a terapia medicamentosa. Para tal, é necessário programar o dispositivo para a hora e o dia da toma prescrita, o que pode ser efetuado pelo paciente ou através de sistemas IoT integrados na área da saúde e bem-estar. Após esta programação, são gerados alertas emitidos quer no produto quer na aplicação móvel, permitindo uma monitorização e a validação das tomas de medicação em tempo real. Através do dispositivo móvel é também possível a consulta do histórico de tomas, assim como transmitir um feedback da adesão ao tratamento através do envio de mensagens e outros alertas.
Cofinanciado por: Compete2020, Lisboa2020 PORTUGAL 2020
Medida: IDT Empresarial: Programas mobilizadores
Duração: 01/11/2020 – 30/06/2023
